Projeto Mata Atlântica – Plantar Superando Barreiras
“I Oficina de desenho do Viveiro Adaptado e da organização do espaço”
O CISAC – Centro de Inclusão Socioambiental do Cego em parceria com a Fundação Florestal e Viveiro Florestal de Pindamonhangaba realizou no dia 23 e 24 de abril de 2009 a “I Oficina de desenho do Viveiro Adaptado e da organização do espaço” tendo como eixo o Projeto” Mata Atlântica Plantar Superando Barreiras”. Foi realizado no Viveiro Florestal de Pindamonhangaba. Iniciou com a apresentação de todos os presentes em sua maioria cegos, pessoas de baixa visão e deficientes físicos, interessados na área e representantes locais e da comunidade.
As palestras aconteceram de forma vivencial, interativa e com experiência sensorial.
Iniciou com a EngenheiroFlorestal Alcinéia Guimarães de Castro do Instituto Florestal: “Viveiro de Produção de Mudas” onde tiveram a oportunidade de conhecer o processo de formação de um viveiro florestal, sentir e tocar várias espécies de plantas e sementes, orientação sobre o local, diálogos sobre o processo de formação de um viveiro, canteiros, o substrato, o trato com as espécies nativas, as sementes, identificações e formas de utilização.
O Ornitólogo Laércio Toledo Cortez, com a temática Observação da Fauna e a Inclusão Social dos Cegos, apresentou ângulos importantes do potencial turístico de observação de aves.
A Técnica em Inclusão, Prof. Ruth Souza Saleme apresentou “A Importância do Pensar na Construção da Inclusão-Acessibilidade nos parâmetros do Viveiro” e o Engenheiro Florestal e Supervisor do Projeto Renato Lorza com o tema “Tipos de vegetação, escolha de espécies” apresentou um mapa tátil do Estado de São Paulo, texturizado com vários elementos, cores e contornos, e de acordo com a distribuição da vegetação, dos recursos hídricos inclusive o Rio Paraíba do Sul.
Essa experimentação sensorial, tátil e visual tem estimulado a expectativa para a concretização e o manejo no viveiro adaptado, tanto pelos deficientes visuais quanto por todos os participantes do Projeto.
“O reconhecimento e Socialização do espaço do viveiro adaptado e estufa através da Maquete” com a Técnica em Meio Ambiente Juliana Motta também possibilitou a exploração em cada micro unidade muito bem miniaturizada. Ali, muitos refizeram os passos, identificaram as espécies tocando-as, o caminho de chegada e partida através das texturas, chegavam até mesmo a buscar na memória visual o local onde os colegas se colocavam, o local onde preparavam algum elemento para o viveiro.
Nesse espírito de criatividade foram sugerindo a marcação do local onde será o viveiro adaptado. Na sequência, a “Vivência da co-responsabilidade ambiental no espaço” com Antonio Carlos e Jose Monteiro, deficientes visuais, que de forma participativa e de acordo com suas possibilidades contaram como participam desse processo de construção.
O coordenador do CISAC, Ayrton Sergio Saleme, responsável pela “Comunicação do Projeto”, comentou emocionado sobre o fato de que as dificuldades têm sido bem menores na experimentação desta oficina que busca de forma integrada, participativa e reflexiva, atravessar os limites culturais e deixar fluir a consciência ambiental e desta consciência a construção conjunta.
Com projetos deste tipo, muitas serão as possibilidades desses atores sociais semearem o surgimento de um novo olhar, que independente do brilho, manterá a luz da existência com qualidade de vida inspirando o presente e servindo de guia para as gerações futuras.
Centro de Inclusão Socioambiental do Cego
Fones: (12) 3645-4474 Cel. 9178-9128
Ayrton Sergio Saleme